CLARA FILIPA CAMARÃO foi uma indígena brasileira, provavelmente da etnia Potiguara, que viveu no século 17, na região onde localiza-se atualmente o bairro de Igapó, Rio Grande do Norte, às margens do Rio Potengi. Foi catequizada por padres jesuítas juntamente com seu marido, Felipe Camarão.
Entrou para a história brasileira
por participar de batalhas junto com seu marido durante as invasões holandesas
em Olinda e no Recife. As invasões holandesas foram o maior conflito
político-militar da colônia. Foi uma luta pelo controle do açúcar, bem como das
fontes de suprimento de escravos.
Como os costumes tribais não
permitiam que ela lutasse diretamente no grupo do marido, ela se tornou líder
de um pelotão feminino, e os dois grupos lutavam juntos.
Clara e Felipe Camarão
participaram de vários confrontos contra o domínio holandês. Um dos mais
famosos foi a batalha de Porto Calvo, em 1637.
Sua coragem levou à vitória
contra a invasão holandesa e fez Clara entrar para a história como uma heroína.
Seu marido faleceu, pouco tempo após a batalha dos Guararapes. Não existem
registros da vida de Clara após a morte do marido.
Mesmo
esquecida por muitos anos na história, Clara Camarão foi homenageada em versos
pelo poeta brasileiro José da Natividade Saldanha. E a Refinaria Potiguar Clara
Camarão recebeu seu nome em homenagem a ela. Em 27 de março de 2017, o nome de
Clara Camarão foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria
FONTE – OBSERVATÓRIO
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